quarta-feira, 24 de abril de 2024

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“Não vi o ato dos fascistas”: ex-presidiário Lula desiste de ser 'presidente' para fotografar joões-de-barro, por Paulo Polzonoff Jr.

 

Um joão-de-barro petista decide não construir sua casa e fazer seu ninho num lugar oco qualquer.| Foto: Montagem sobre foto da Agência Brasil.


Lula desistiu de ser presidente. Parece uma boa notícia, eu sei. Mas não é. Porque Lula desistiu de ser presidente de todos os brasileiros, mas continua presidente dos petistas, psolistas, centristas e esquerdistas em geral. Continua falando suas groselhas, nomeando ministros incompetentes, sancionando leis, dando vexame e executando programas de governo com intenções e consequências para lá de duvidosas. Ah, e fotografando joões-de-barro! E deve ter mais coisa que Lula continua fazendo, mas como não tenho provas não posso mencionar porque o Fux não deixa. Nikolas Ferreira que o diga!

Num pronunciamento recente, durante um café-da-manhã com “jornalistas”, Lula debochou das colegas fazendo voz fina e imitando o que seria uma pergunta óbvia: “Presidente, o que o senhor acha do ato em Copacabana”. Dá para ouvir risadinhas semiconstrangidas ao fundo. Ele se refere à manifestação realizada no Rio de Janeiro no último domingo (21). Aquela que até a revista dominical noturna da futura TV do Elon Musk noticiou – e em termos bem amenos. A resposta de Lula é sua maneira de confessar que não é presidente. Que nunca passou de um sindicalista com um apreço especial por negociações feitas na mesa do bar.

“Não vi o ato dos fascistas”, disse o Lula. Dos fascistas. Aí você vai ver o que pediam os fascistas e era liberdade e democracia, é respeito à Constituição e até clemência para os pobres-coitados que foram condenados a penas inaceitáveis por crimes que só existem na mentalidade perversamente quixotesca de Alexandre de Moraes e seus black caps. Como se sabe, democracia, liberdade, respeito às leis e compaixão sempre estiveram na ordem do dia para Mussolini. Claro, claro.

Aí você vai me dizer para deixar de ser emocionado, o Lula tá falando só para a militância dele, cara. Ao que eu vou responder com um lacônico “Tomara!”. Porque hoje não estou muito bem, não. Obrigado por perguntar. Em silêncio, contudo, ficarei imaginando a possibilidade de Lula não estar falando apenas para a militância. De haver um passarinho chamado janja ou alexandressilgo piando no ouvido do comandante-em-chefe que os Fascistas de Copa (minissérie em 22 capítulos) são o mal absoluto e precisam ser eliminados.

Mas isso é exagero. Coisa de gente emocionada. Sintomática, preocupante e ao mesmo tempo esperada mesmo é a disposição do Lula em dar as costas para um problema real, a instabilidade política e social do Brasil. Como se um presidente de um país à beira da convulsão pudesse se dar ao luxo de fotografar pássaros em vez de tentar apaziguar ânimos cada vez mais exaltados. Não que ele fosse capaz disso. Afinal, em grande medida Lula é a causa da revolta popular. Mas.


Joões-de-barro

Acato, porém, o conselho do editor severo. Por um instante, deixo de ser emocionado, o que quer que isso signifique, para explorar outro aspecto da fala do Lula. Disse ainda o apedeuta (ainda pode usar isso ou tenho que pagar royalties para o Reinaldo Azevedo?) que não foi ao ato dos fascistas porque estava fotografando casas de joão-de-barro no Alvorada. Coisa de quem não tem o que fazer. Ou de ornitólogo.

Não é uma fala à toa por dois motivos. Primeiro porque Lula não se refere aos ninhos dos joões-de-barro como casas, e sim como “o minha casa, minha vida” do simpático pássaro. Aí está, mais uma vez, e não vou me cansar de apontar, um homem que vendeu sua alma para a política. Um homem incapaz de descer do palanque. E cuja sede de reconhecimento nunca nem jamais será saciada. Já disse que tenho pena do Lula, né? Muita. E continuo com pena dele.

Assim como tenho pena de mim mesmo e de todos que nos deixamos seduzir pela lábia esquerdista e acabamos transformando a disputa política no centro de nossas vidas. Pode acreditar que, tanto a manifestação de domingo (21) quanto a referência politiqueira às casas dos joões-de-barro deixam os ideólogos canhotos excitadíssimos. Porque é um sinal de que eles conquistaram mais este objetivo: o de escravizar a sua alma. (Deve ser por esse tipo de coisa que me chamaram de emocionado. Sou mesmo. Às vezes).

O outro aspecto da menção ao (deixa eu pesquisar aqui) Furnarius rufus ou barreiro ou forneiro ou pedreiro ou oleiro digno de nota é a insistência intencional na imagem inocente do macunaíma-em-chefe. Repare: Lula se pinta quase como uma criança fotografando joões-de-barro num domingo qualquer, enquanto adultos malvadões saem às ruas para defender coisas de adultos malvadões, como democracia e liberdade. Será que alguém ainda cai nessa? Cai, ah, se cai.



Paulo Polzonoff Jr., Gazeta do Povo

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