segunda-feira, 18 de setembro de 2017

Em mensagem, Wesley revela temor de PGR usar gravação de Temer sem acordo

O Antagonista obteve a íntegra do relatório de análise da PF sobre as mensagens do celular de Wesley Batista.

Dentre elas, estão as conversas do grupo de Whatsapp criado para discutir a delação da JBS.

Há vários diálogos inéditos, como o abaixo, em que Wesley conversa com Francisco de Assis Silva sobre a entrega dos áudios de Michel Temer, Rocha Loures e Aécio Neves à PGR.

Na conversa, o irmão de Joesley pergunta como está o andamento do acordo. Francisco diz que estava “tudo quase 100 por cento”, “como compromisso de cavalheiros” entre eles e os assessores de Rodrigo Janot, tratado pelo delator como “o tampa”.

“O tampa de fato está de acordo. E o assessor dele também. Agora o tampa formal vai ser comunicado hoje e eles vão defender o projeto (…)”, diz Francisco.

Então diretor-jurídico da JBS, ele explica que Joesley havia deixado na PGR “o 1, o 2 e ‘Minas'”, numa referência aos áudios de Temer, Loures e Aécio. Wesley questiona se haveria risco de usarem as gravações, caso o acordo não fosse adiante. “Não pode ser usado em hipótese nenhuma, porque foi assinado o que assinamos?”

Francisco responde: “Praticamente garante.”

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