quarta-feira, 22 de novembro de 2017

PT, PDT e PSOL pedem cassação da TV Globo por escândalo da Fifa, segundo Monica Bergamo, porta voz do covil do Lula

John Taggart/Reuters
O delator Alejandro Burzaco, que acusou a TV Globo de pagar propina
Alejandro Burzaco, que acusou a TV Globo de pagar propina

Com Folha de São Paulo


O PT está apresentando uma representação ao Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) em que acusa o Grupo Globo de ter ferido a lei de Defesa da Concorrência no caso Fifa. Assinam o documento também o PDT e o PSOL.

As legendas acionaram ainda a PGR (Procuradoria-Geral da República) para a investigação de eventuais crimes e pediram ao Ministério da Ciência e Tecnologia que casse a concessão da TV, por supostamente infringir a Lei Geral de Telecomunicações.

A empresa foi acusada de pagar propina de US$ 15 milhões, junto com a mexicana Televisa, pelos direitos de transmissão das Copas do Mundo de 2026 e 2030. O valor garantiria os direitos de TV, rádio e internet para os eventos esportivos e teria sido depositado no banco Julius Bär, na Suíça.

As acusações foram feitas por um delator, o argentino Alejandro Burzaco, uma das principais testemunhas no julgamento do ex-presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) José Maria Marin, que está ocorrendo em Nova York no escândalo de corrupção da Fifa.

A TV Globo afirma que não pode "comentar sobre o que não fomos notificados ou oficialmente informados. Mas aproveitamos para reafirmar o que já dissemos, que o Grupo Globo não pratica nem tolera qualquer tipo de propina e está sempre à disposição das autoridades".

Em nota divulgada quando o escândalo veio a público, o grupo afirmou que, após "mais de dois anos de investigação" feita nos EUA, a empresa "não é parte nos processos que correm na Justiça americana".

O grupo disse ainda que conduziu "amplas investigações internas" desde que o escândalo da Fifa foi revelado, em 2015. Nelas, ainda segundo o comunicado, foi apurado que o Grupo Globo "jamais realizou pagamentos que não os previstos no contrato".