domingo, 21 de janeiro de 2018

"Produção recorde fortalece a política da Petrobras", editorial do Estadão

A chamada conta petróleo - um 

balanço de exportações e 

importações da commodity 

- foi superavitária em 2017



A ênfase conferida pela Petrobras à exploração e produção de petróleo deu novos e bons resultados em 2017: a produção média atingiu o recorde histórico de 2,15 milhões de barris/dia (b/d) e assegurou o cumprimento, pelo terceiro ano consecutivo, da meta de produção fixada pela empresa. O resultado é ainda mais significativo numa fase de alta das cotações do petróleo no mercado internacional, permitindo ganhos adicionais tanto para a companhia como para a balança comercial brasileira. A chamada conta petróleo - um balanço de exportações e importações da commodity - foi superavitária em 2017.
Também foi recordista, em 2017, a produção própria de gás natural da Petrobras, de 79,6 milhões de metros cúbicos por dia, o que permitiu elevar para 2,65 milhões de b/d de óleo equivalente a produção total. A produção da estatal já supera a da Venezuela e se aproxima da do Kuwait, de cerca de 2,7 milhões de barris/dia.
A exploração dos campos do pré-sal foi decisiva para os resultados, permitindo produzir 1,29 milhão de b/d considerando a Petrobras e seus parceiros. Em dezembro, incluindo o gás natural, o pré-sal propiciou a produção de 1,68 milhão de b/d, 2% acima da registrada em novembro.
O Plano de Negócios 2018/2022 da Petrobras contempla investimentos de US$ 60,3 bilhões - 81% dos investimentos totais da empresa no período - em exploração e produção, com ênfase no pré-sal, que deverá receber 58% do total programado. O planejamento da empresa é conservador, baseando-se numa estimativa de cotação do petróleo de US$ 53 o barril em 2018 e US$ 58 em 2019, inferior à cotação atual próxima de US$ 70 o barril. A meta de produção é de 3,4 milhões de b/d em óleo equivalente em 2022, o que significa um aumento de 40% apenas na produção de petróleo.
A política da Petrobras mudou radicalmente, para melhor, na administração Pedro Parente, iniciada em maio de 2016. Essa política transcende o aumento da produção, voltando-se para a redução do endividamento, adoção de critérios rígidos de governança corporativa e compliance (respeito às leis e regras internas e externas), além de política de pessoal equilibrada. Tudo bem diferente do que se passou nos tempos em que a empresa foi usada para fins políticos pelo PT, em detrimento de seus acionistas, inclusive a União, como controladora, e do País.