segunda-feira, 22 de janeiro de 2018

Senado dos EUA tenta nova votação para acabar com paralisação


Cúpula do capitólio, sede do Congresso americano - JOSHUA ROBERTS / REUTERS


O Globo com agências internacionais



WASHINGTON - Centenas de milhares de trabalhadores federais acordaram nesta segunda-feira com o governo dos Estados Unidos ainda paralisados e com a expectativa de que o Senado americano tente novamente restaurar o financiamento federal, ainda que temporariamente. Em meio às incertezas sobre se os trabalhadores federais devem se apresentar ao trabalho pela manhã, os senadores devem votar às 12h (horário local, 15h em Brasília) sobre um projeto de lei de financiamento para fazer o governo voltar ao funcionamento até o início de fevereiro.

O apoio ao projeto é incerto, depois que os republicanos e democratas passaram o domingo todo tentando fechar um acordo, mas acabaram indo para casa à noite sem ele.
O líder da maioria do senado, Mitch McConnell, afirmou no final do domingo que uma votação durante a noite sobre uma medida para financiar as operações do governo até 8 de fevereiro foi cancelada e seria realizada ao meio-dia desta segunda-feira (15h, horário de Brasília).

SINAL DE ACORDO?

No entanto, McConnel afirmou que permitiria uma votação sobre reforma da imigração em fevereiro se os democratas aceitassem a proposta de financiamento do governo. No entanto, o esforço bipartidário de políticos moderados como ele ainda não surtiu resultado.

Os republicanos se mantêm firmes: não há conversas sobre o DACA — “Deferred Action for Childhood Arrivals”, programa que beneficia filhos de imigrantes ilegais — até que os democratas deem os votos necessários para o fim da paralisação. Do outro lado, democratas exigem respostas sobre o encerramento do DACA, que provocará a deportação dos 700 mil beneficiados que entraram nos EUA ilegalmente quando crianças.

Até segunda-feira, a maioria dos trabalhadores federais não foi diretamente afetada pela paralisação que começou na sexta-feira. Muitos ainda aguardavam uma notificação explicando se são funcionários "essenciais" ou não, o que determina se devem se apresentar a seus escritórios.