sexta-feira, 16 de março de 2018

BNDES aprova compra da Fibria pela Suzano

Clara Cerioni, Exame


O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou, na noite desta quinta-feira (15), a fusão entre Fibria e Suzano Papel e Celulose.
A consolidação das duas maiores produtoras de celulose do mundo transforma a companhia resultante na líder mundial em celulose de mercado. A Paper Excellence, que também estava na disputa, apresentou nova proposta de aquisição, que não foi aceita.
Em comunicado, o banco informa que receberá “parte significativa” em dinheiro, cerca de R$ 8,5 bilhões, e o recebimento de ações da companhia resultante.

Veja a nota do BNDES na íntegra


O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), por meio de sua subsidiária de participações acionárias, a BNDESPAR, aprovou a consolidação entre as empresas Suzano e Fibria. As negociações foram conduzidas em comum acordo com a Votorantim S/A, com quem a BNDESPAR compartilha o controle da Fibria. A operação consolida as duas maiores empresas de celulose do País, e transforma a companhia resultante na líder mundial em celulose de mercado. 
A composição da forma de pagamento ao BNDES concilia o recebimento de parte significativa em dinheiro, cerca de R$ 8,5 bilhões, e o recebimento de ações da companhia resultante, com a perspectiva de valorização a partir dos ganhos sinérgicos e de produtividade advindos da transação. 
Dessa forma, o BNDES dá prosseguimento à sua estratégia corporativa, de monetização a preços adequados de participações societárias maduras em grandes empresas, permitindo a geração de caixa para novos investimentos em fundos de apoio a empresas startups e scaleups, entre outras. 
A operação é inteiramente garantida por consórcio de bancos (/assuntos/bancos) privados e sua conclusão está sujeita à aprovação de agências antitruste. Histórico – O fim das negociações encerra ciclo exitoso de participação da BNDESPAR na Fibria, que teve início em 2009, com aporte de capital para a criação da empresa resultante da combinação entre Votorantim Celulose e Papel e Aracruz Celulose. 
Desde então, a Fibria obteve resultados em diversas dimensões, desde o fortalecimento das práticas de governança — notadamente a migração para o Novo Mercado —, o robustecimento da sua estrutura de capital e a obtenção do grau de investimento. 
As ações prepararam a companhia para um ciclo de expansão que resultou no fortalecimento da indústria nacional de celulose e gerou aumento de exportações, com reflexos na balança comercial e na geração de empregos.