quinta-feira, 15 de março de 2018

Eletrobrás vai lançar PDV na próxima semana, afirma presidente da estatal

Wilson Ferreira Júnior, presidente

 da estatal, afirmou que economia 

esperada com o Plano de Demissão 

Voluntária é da ordem de R$ 1 bilhão


Eduardo Laguna, O Estado de S.Paulo

O presidente da Eletrobrás, Wilson Ferreira Júnior, informou que a estatal vai lançar na semana que vem mais um Plano de Demissão Voluntária (PDV) para eliminar 3 mil vagas, o que permitiria uma economia da ordem de R$ 1 bilhão.

Wilson Ferreira Junior
Wilson Ferreira Junior, presidente da estatal, afirmou que expectativa
 de economia com o PDV é de R$ 1 bilhão Foto: Divulgação
Após participar do Fórum Econômico Mundial sobre América Latina na capital paulista, o executivo disse que em dois PDVs anteriores a Eletrobras já tinha eliminado 2,1 mil postos de trabalho, reduzindo em 40% seus cargos gerenciais e obtendo uma redução de custos com pessoal também próxima de R$ 1 bilhão.
"A empresa que vai ao processo de privatização será uma empresa bastante diferente daquela que eu peguei um ano e meio atrás", disse o presidente da estatal, em resposta ao argumento de que a privatização da Eletrobras provocaria demissões em massa na companhia.
+ Estatais cortam 26 mil funcionários em um ano, aponta relatório do governo O executivo salientou que a empresa já terá uma organização bastante "enxuta" antes de ser colocada à venda. Ele citou que, quando assumiu o comando, a Eletrobrás tinha custos 55% superiores aos custos regulatórios. Depois de um processo de ajuste, os custos reais vão se aproximar dos custos regulatórios, afirmou.
O executivo comentou ainda que a dívida da empresa, que chegou a superar nove vezes a geração de caixa, vai cair para um múltiplo inferior a três vezes no segundo semestre, dada a venda de distribuidoras, em conjunto com a venda de 70 sociedades de propósito específico.
Segundo Ferreira Júnior, a oposição ao processo de transferência da Eletrobras à iniciativa privada está ligada a algum tipo de "influência não republicana" ou a "privilégios não sustentáveis". Os dois principais oponentes à privatização são, conforme o executivo, alguns políticos e sindicatos.